quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

De repente 30...

Até ontem, tinha 5 anos de idade, estudava numa escola de freiras no interior de SC e ficava bolando planos de como “tomar um gole" do refrigerante da Melissa (apelidada carinhosamente de “Melissa Lingüiça”). Meu lanche sem graça (a sobra do almoço) era polenta frita engordurada e fria. Pra variar, minha mãe não mandou dinheiro para comprar refrigerante na cantina. Às 17:30 minha mãe me buscou no colégio, passamos na banquinha do “BUGGY”, compramos balas e fomos pra casa. Assisti minha novela preferida, Cambalacho (adoro a Tina Pepper), jantei com toda a família e fui dormir.

Tive sonhos a noite inteira: meu aniversário de 15 anos onde eu ostentava uma cabeleira crespa e volumosa (parecia a cantora Simone... aff Cristo!); minha formatura aos 21 anos (era uma moça linda e lisa – o que aconteceu com meu cabelo? prefiro assim!); a descoberta de que os homens não prestam aos 25 anos (será que meu pai e irmãos estão incluídos nessa??); uma tremenda crise existencial aos 28 anos (o que significa isso?)... Daí.... acordei! Ufa... que sonho estranho!

Engraçadíssimo... mas estranho... Afinal, como tenho 5 anos, não entendo direito o que me aconteceu neste sonho...

Saio da cama olho ao redor... Penso comigo: “que lugar esquisito”. Tomo um susto ao avistar um cachorrinho de laços rosas ao meu lado, fazendo graça pra mim. Ué... não tinha nenhum cão no meu quarto ontem à noite! Ah... não tem problema! Alguém deve ter me dado de presente, afinal, sempre peço um cachorrinho!
Vou fazer um carinho no bichinho e... OHHHHHH minha mão está grande e as unhas com esmalte vermelho... Vou até o espelho e a descoberta é mais cruel ainda!!!! Aquela cabeleira crespa do sonho está de volta na minha cabeça!! Além disso, deixei de ser uma menininha engraçadinha, magrinha, levemente corcunda e sem os dentes de baixo! Agora, olho um rosto bonito, mas é de uma MULHER e não o meu infantil! Abro a boca e vejo que meus dentes são grandes e que estou usando um aparelho. Olho para a barriga e... deixa pra lá o que eu vejo!
Saí correndo e gritando: “o que aconteceu comigo afinal??!!!! Até ontem, era um bebê!

Ta bom! Admito que não passou só 1 noite desde aquele dia aos 5 anos de idade... mas também não se passaram 25 anos!! Ou será que passou e eu não vi??

Será que eu fui castigada porque quando tinha 10 anos queria logo ter 15? E porque quando fiz 15 queria logo ter 18 e ir morar sozinha?? BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!
Vou sentar no meio fio e chorar feito uma criança! Gritar, praguejar, bater com os pés no chão: cadê os 25 anos que estão me roubando???

Será que eu comi e foi parar tudo na minha barriga? kkkkkk

AHHHH!!!! SE EU PEGO O MALDITO QUE ACELEROU O TEMPO!!!!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2011 começou bem...

Hoje, visitando o site Globo.com, li uma matéria bem interessante sobre as mulheres do oriente médio. Na verdade, refere-se apenas às mulheres afegãs, mas já é alguma coisa para uma sociedade tão opressora.

Trata-se do lançamento de um programa na TV Afegã, exclusivo para as mulheres contarem seus dramas. São relatos sobre violências cometidas pelos homens que dirigem suas vidas (pais, maridos, filhos). Vivendo em uma sociedade extremamente machista, regida por fundamentalistas e radicais islâmicos, as mulheres não tem qualquer escolha nem poder sobre seus próprios destinos.

O que mais impressiona na produção deste programa é a coragem do produtor (um homem) ao arriscar sua "honra" estimulando a discussão das condições desumanas a que as mulheres estão submetidas em seu país. Apesar das participantes usarem máscaras no programa, evidenciando que as perseguições ainda são uma realidade, o fato de que há mulheres dispostas a se arriscarem e exporem sua realidade tão abertamente, é um grande indicativo de que mudanças podem ser possíveis mesmo após tantos anos de radicalismo.

Há que se destacar ainda que, sendo o programa produzido pelos "seres superiores" (homens) segundo o islamismo, é possível acreditar que uma nova geração de mulçumanos está enfim entendendo que mulheres tem o mesmo valor que os homens perante a sociedade e, inclusive, diante de seu Deus (Ala).

Talvez seja um otimismo demasiado de minha parte... Mas profundamente, espero que logo o Oriente Médio (e o mundo como um todo) possa considerar homens e mulheres apenas como seres humanos e ponto final. Que possamos diferenciar pessoas apenas pelo seu caráter e não determiná-las por sua cor, gênero, crenças etc.

Para quem quiser ler a notícia na íntegra, clique aqui